SAÚDO TODOS EM AMOR E PAIXÃO.
Nasci numa epoca,anos 50 e no seio de uma familia de camponeses que vieram para a cidade na procura de melhores condições de vida.
Os meus Pais e avós, pois vivemos todos juntos por muito tempo, deram o melhor de si próprios,não faltou comida na mesa tecto para acolher, segurança e outros mimos para a NUTRIÇÃO FÍSICA.
No entanto, a ESPIRITUALIDADE e o SER foram esquecidos.
Honro os meus progenitores,mas sempre acatei com dificuldade os respectivos ensinamentos,tudo o que me diziam para fazer não impactava comigo.
Foi uma luta, levei muita tareia, reprimendas, reconhecida como a causadora das discussões em casa, não era escutada e quando tentava fazer-me ouvir, tudo o que dizia era completamente ignorado, em suma o meu SER não era reconhecido, no entanto levava quase sempre a minha intenção por diante.
Por quase toda a minha vida fui e sou confrontada com A CORAGEM DE SER IMPERFEITA, pois saí fora do padrão que era expectável eu adquirir. Isto trouxe para a minha vida e para mim própria até há bem pouco tempo a ideia de que NÃO PERTENÇO, NEM MEREÇO.
Para desconstruir este paradigma tão redutor e doloroso, tenho feito ultimamente um grande processo de cura em que aprendo a utilizar as ferramentas necessárias para ter mais consciência de mim própria dos outros seres da natureza e do cosmos que me rodeia.
As nossas crianças interiores e eu falo da minha, foram muito reprimidas a vários níveis. O que acontecia dentro de mim era : "Ou fazes o que os teus Pais dizem ou perdes o AMOR deles." Isto é comum a todas as outras relações.
Eu naturalmente tive medo de perder esse AMOR, mas havia algo mais forte dentro de mim que se sobrepunha ao medo.
Há um medo imenso de perder o AMOR,por isso por vezes deixamos de SER e RESPEITAR a nós próprios.
Estou a aprender que posso SER tal como SOU é genuinamente diferente sem perder o AMOR dos outros.
Tenho que estar sempre muito atenta pois esta questão ainda se coloca,pois há um "tirano" interno que continua a querer impor que eu pense tal como o padrão,mas é preciso adoptar comportamentos saudáveis em que o SER prevalece e é nutrido e cuidado como merece.
O CAMINHO ESTÁ EM: MAIS SER MENOS, TER MENOS QUE FAZER.
Bem hajam e gratidão por me lerem.